Aos 19 anos, Gil do Carmo deixa Portugal para ir para os Estados Unidos onde estuda no prestigiado Musicians Institute em Los Angeles e no Berklee College of Music em Boston.
Gil do Carmo aventura-se por conta própria com “Mil Histórias” (1997). “Eléctrico em Lisboa”, “Tentação Demais” e “Tu Morres Todos os Dias” (desconhecida de Zeca Afonso e Ivan Lins) são algumas das canções de maior sucesso deste primeiro disco que conta com a colaboração de Miguel Sá Pessoa.
~ (Texto de Womex.com, tradução livre, 2008)
FICHA TÉCNICA
Letras Gil do Carmo e J.C. Ary dos Santos
Músicas Gil do Carmo, Miguel Sá pessoa, Ivan Lins, José Luis Tinoco e Luis Stoffel
Vozes Gil do Carmo
Shaker Gil do Carmo e Miguel Sá pessoa
Palmas Gil do Carmo, Miguel Sá pessoa e Mike Africk
Adufe e folha de papel Gil do Carmo
Vozes adicionais, Fender Rhodes, teclados, piano programação de percussão, bateria e baixo Miguel Sá pessoa
Percussão Eric Galm
Guitarra Jay Weick
Coro Mike Africk
Saxofone tenor e Sax alto Joe Cunningham
Trompete Keichi Hashimoto
Trombone Ray Greene
Flauta Fernando Brandão
Contrabaixo Michael Rivard e Fernando Huergo
Guitarra acústica Bobby Keyes, Luis Stoffel e Claudio Regazzi
Sample de "O Cacilheiro" - fado de - Paulo de Carvalho interpretado por Carlos do Carmo no disco "Um Homem na Cidade", tocado por Raúl Nery: António Chainho, Martinho da Assunção, José Maria Nóbrega.
Sample indicativo "5 minutos de jazz" de José Duarte
Fotografia Aragão
Design e Ilustração João Tinoco
Produção e Arranjos Miguel Sá pessoa
Arranjos suplementares Gil do Carmo
Gravação, Mistura e Masterização Miguel Sá pessoa e Mike Africk, entre 14Set e 16Dez1996 no estúdios Media Complex(Boston)
Eng. Assistentes Mike Africk e Claire Steiger (mistura no Metropolis Studio)
Zé Manel está sempre à esquina Anda à coca de heroína Outrora fora um típico de uma taberna E hoje é um tópico nas bancas dos jornais Na Curraleira apregoa o seu pescado Faz por vender sempre mais algum
Como não quis ter roubado Arruma uns carros na João XXI Tem o pó bem gurdado Para o caldo n°1 Do limão sumo é ácido Prefere chá de lúcia lima É bom deixa-o calmo Abranda o stress da rotina
Refrão: Lima, lúcia lima Lima o pó de toda a lima
Na Praça da Ribeira viveu à sua maneira E hoje ele vive, é perdido na Curraleira O tráfego vai e vem e toda a gente nele se entranha É porque está montada uma boa artimanha
Que efeito nos apanha nessa teia tão doce O mal que se empenha encadeia uns e outros O tráfego vai e vem e não há quem o detenha Nem governo, nem polícia está montada uma artimanha É crime este tráfico que se pratica por aqui Mas atenção, chamamos toda a minha geração De criminosa por consumi-la Pois não há nada que o detenha de um xuto de heroína
Refrão: Lima, lúcia lima Anda pelo dia como um barco no mar Lima, lúcia lima Na rota das estrelas Sem dono para o guardar
Lúcia lima somos nós que o criamos É o espelho da Lisboa de hoje Ouve-me agora tu que estás por aí Não deixes a vida procurar um fim Enquanto há vida há esperança E com esta certeza querida A vida nunca nos ganza